Foto: José Eduardo Camargo |
A Cachoeira da Neblina é um verdadeiro tesouro escondido nas florestas de Presidente Figueiredo. Apesar de ser a maior cachoeira do município, com mais de 30 metros de altura, ela é desconhecida de grande parte da população local. O motivo é simples: para chegar até ela são necessários 8 km de trilha dentro da mata! Ou seja, são cerca de 4 horas de caminhada, incluindo a ida e a volta.
Para embarcar nessa aventura, antes de tudo, você precisa contratar um guia no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de Presidente Figueiredo. Por se tratar de uma trilha longa e sem sinalização, a possibilidade de se perder é grande caso você tente ir sozinho. Por isso, é mandatória a presença de um guia que conheça o caminho. Em média, os guias cobram uma taxa que varia de 150 a 200 reais para um grupo de até 10 pessoas.
A trilha, por si só, já é uma atração à parte. À medida que você avança você está cada vez mais dentro da floresta e longe da "civilização". Em determinado momento, tudo o que se ouve são os galhos pisoteados ao longo do caminho e o canto de diferentes pássaros. Árvores com mais de 45 metros de altura são comuns durante o trajeto, algumas inclusive caídas no chão, resultado das fortes tempestades da região. Para completar, a densa camada de folhas secas em tons avermelhados que cobre o solo proporciona um belo contraste com o verde das árvores, especialmente nos últimos quilômetros do percurso.
Como não há manutenção, a trilha muitas vezes desaparece dentro da mata fechada. Isso não apenas cria obstáculos físicos para a passagem como também intensifica a umidade. Portanto, prepare-se para suar muito. Ainda assim, o trajeto mantém-se plano durante 90% do percurso, o que garante uma caminhada relativamente tranquila, apesar do calor.
Nos últimos metros da caminhada, quando já é possível ouvir a água, nos deparamos com o maior obstáculo da aventura: um íngreme barranco pelo qual devemos descer. Essa é a parte mais "emocionante" do percurso, uma vez que precisamos usar as raízes expostas das árvores como degraus para atingir o chão.
Após este último obstáculo, a razão por trás de todo o esforço despendido em quase duas horas de caminhada se mostra clara bem na nossa frente. A Cachoeira da Neblina domina a paisagem. Ela impressiona não apenas por sua altura, mas igualmente pela largura, formando um imenso paredão de água. O fluxo de água é tão grande que gotículas se espalham por todos os lados, dando a impressão de que está chuviscando.
Apesar do volume de água, a correnteza não é muito forte, possibilitando um banho tranqüilo próximo às margens. Aqui, isolado do resto do mundo e cercado apenas pela selva, é impossível admirar este espetáculo da natureza amazônica e não ser dominado por um grande sentimento de paz.
Resumindo...
Localização: Km 51 da AM-240
Como chegar: De carro, logo após a placa marcando o Km 50, é o primeiro sítio do lado direito da pista.
Melhor época para visitar: Entre os meses de agosto e abril, o volume de água é ideal. No auge da cheia dos rios, entre maio e julho, o volume de água pode aumentar consideravelmente, o que impede que o visitante possa tomar banho e muito menos se aproximar da queda d'água. Sempre consulte o guia antes de agendar o passeio para saber como está o volume de água.
- Por se tratar de uma trilha muito longa cujo acesso não está oficialmente liberado, a contratação de um guia é obrigatória. O preço varia de 150 a 200 reais para um grupo de até 10 pessoas. A entrada na propriedade custa cinco reais por pessoa.
- Por se tratar de uma trilha muito longa cujo acesso não está oficialmente liberado, a contratação de um guia é obrigatória. O preço varia de 150 a 200 reais para um grupo de até 10 pessoas. A entrada na propriedade custa cinco reais por pessoa.
- Para sua segurança, use tênis fechados e tenha cuidado ao pisar em cima de grandes aglomerados de folhas secas, pois eles costumam servir de abrigo para cobras.
- Apesar da umidade e do calor serem intensos durante o trajeto, a maior parte do caminho é plana, o que garante uma caminhada relativamente tranquila.
- Reserve o dia inteiro para esse passeio, pois serão necessários cerca de 2 horas para chegar lá e outras 2 horas para voltar. O trajeto total equivale a 16 km.
- Em 2015 alguns grupos começaram a organizar atividades de rapel no local. Devido às dificuldades logísticas para levar todo o equipamento pela trilha, a atividade em geral é realizada ao longo de dois dias, incluindo um pernoite na selva bem aos pés da grande cachoeira. O preço gira em torno de R$90 por pessoa. Para mais informações, acessem a página da Cia Rapel Adventure.
- Em 2015 alguns grupos começaram a organizar atividades de rapel no local. Devido às dificuldades logísticas para levar todo o equipamento pela trilha, a atividade em geral é realizada ao longo de dois dias, incluindo um pernoite na selva bem aos pés da grande cachoeira. O preço gira em torno de R$90 por pessoa. Para mais informações, acessem a página da Cia Rapel Adventure.
Foto: Ângelo Filipe |
Foto: André Maués |
Foto: André Maués |
Foto: André Maués |
Foto: Selva Dentro |
Foto: Cia Rapel Adventure |
Foto: Elves Haeser (Cia Rapel Adventure) |
Para terem uma noção do tamanho da queda d'água, reparem
na pessoa que está sentada na parte de cima da cachoeira.
Foto: Camilo Bringel Netto
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Foto: Marcus Bessa |
Foto: Camila Patty Pinheiro
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Foto: Gabriel Penalber |
Foto: Bruna Villene |
Foto: Bruna Villene |
Foto: Victoria Kamilla |
Foto: Victoria Kamilla |
Foto: Cia Rapel Adventure |
As atividades de rapel no local geralmente são organizadas ao longo de dois
dias, incluindo um pernoite na selva bem aos pés da grande cachoeira.
Foto: Elves Haeser (Cia Rapel Adventure) |
Foto: Alex Leite |
Para mais informações, acesse Descobrindo o Amazonas: Presidente Figueiredo.
IMPORTANTE: A maioria das fotos foi tirada diretamente da internet. Elas tem o único propósito de divulgar as belezas do Amazonas e eu não possuo direito autoral algum sobre elas. No caso de fotos cujos nomes dos autores não aparecem, isso quer dizer que os mesmos não foram identificados nos sites de onde foram colhidas as fotos. Caso algum autor queira que eu identifique/corrija seu nome na foto, basta deixar um comentário. Da mesma forma, caso algum autor deseje que eu retire a sua foto do blog, basta se manifestar que eu o farei. Obrigado pela compreensão.
Olá André,
ResponderExcluirAdorei ler o seu relato. Ele me trouxe lembranças deliciosas de quando eu e meus amigos da faculdade, entre 1993 e 1999 íamos a PF sempre procurando novas cachoeiras para conhecer.
Conheci a Cachoeira da Neblina em 1999, um lugar lindo, inesquecível . Fiquei muito feliz de saber que ela e o seu entorno estão exatamente como quando estive lá. O difícil acesso é o que a mantém preservada e espero que continue assim por muito, muito tempo. É boa essa sensação de estar onde muito poucos estiveram, não é ?
Sabe, quando eu conheci a Cachoeira do Santuário, km 11 da estrada de Balbina, acho que em 1993, ela era quase assim. Da última vez que estive lá e a vi urbanizada, isto é degradada, como ela é hoje senti até um nó na garganta.
Obrigada por ter me dado um retorno e enviado o seu relato. Vou colocar uma referencia para ele na minha página sobre PF no www.nomad.com.br
Felicidades . Um abraço
Tatiana Ramos
tem que conhecer
ResponderExcluirvou jaja pra la
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